Porque tem dias que a gente acorda assim mesmo. Nublados.
Os pensamentos são cobertos por um cinza agonizante. As idéias ficam confusas, como se cobertas por neblina, se perdessem em alguma parte irracional da consciência.
E o dia passa arrastado. Como um dia de chuva.
Dia desses acordei assim. Cinza. Perdida no tempo. Pois nesses dias não há diferença entre tarde, dia, amanhecer. É tudo gris. Principalmente aqui dentro.
Mas o céu insiste em se abrir. Dizem que depois da tempestade sempre vem o sol.
E o dia anda sorrindo pra mim, como há tempos não sorria.
Deve ser coisa da prima Vera, ela sempre apronta dessas comigo.
E eu fico de cá, pensando que a felicidade não deve ser um porto seguro, que ela passa pelos furacões, que vêm arrancando tudo, quebrando o vidro de nossas casas e levando os telhados junto, aguenta os ventos fortes e até os raios que caem sobre nossas cabeças.
Mas quando menos se espera ela aparece, como aquele raiozinho catita que insiste em furar a barreira de neblina e lumiar tudo, e que acaba irradiando tanto que a gente quase se esquece que até pouco tempo atrás era tudo chuva.
Os pensamentos são cobertos por um cinza agonizante. As idéias ficam confusas, como se cobertas por neblina, se perdessem em alguma parte irracional da consciência.
E o dia passa arrastado. Como um dia de chuva.
Dia desses acordei assim. Cinza. Perdida no tempo. Pois nesses dias não há diferença entre tarde, dia, amanhecer. É tudo gris. Principalmente aqui dentro.
Mas o céu insiste em se abrir. Dizem que depois da tempestade sempre vem o sol.
E o dia anda sorrindo pra mim, como há tempos não sorria.
Deve ser coisa da prima Vera, ela sempre apronta dessas comigo.
E eu fico de cá, pensando que a felicidade não deve ser um porto seguro, que ela passa pelos furacões, que vêm arrancando tudo, quebrando o vidro de nossas casas e levando os telhados junto, aguenta os ventos fortes e até os raios que caem sobre nossas cabeças.
Mas quando menos se espera ela aparece, como aquele raiozinho catita que insiste em furar a barreira de neblina e lumiar tudo, e que acaba irradiando tanto que a gente quase se esquece que até pouco tempo atrás era tudo chuva.
"Mas quando menos se espera ela aparece...insiste em furar a barreira de neblina"
ResponderExcluirela sempre aparece, e vem vestida como a gente quer que venha. Agora? um novo visual. =)
Mas são nos dias nublados que nos encontramos mais, que verdadeiramente descobrimos e sentimos quem somos, percebemos nossos defeitos, averiguamos nossas relações e o pensamento de que tudo vai melhorar nos mantém aquecidos, mesmo que o tempo esteja frio, mesmo que a água que cai do céu seja gelada e nos corte de saudade, desejo a você não só dias de sol, porque a felicidade pode nos alienar e transformar no que achamos que somos, mas desejo também vários dias nublados para que você não esqueça nunca de quem verdadeiramente é.
ResponderExcluirObs.: Parabéns pelo blog, te admirarei sempre.
Ainda quero muito saber quem é o(a) dono(a) do segundo comentário anônimo.
ResponderExcluirGostei muito do que escreveu.
Um sopro.