Porque tem gente que, definitivamente, não nasceu pra acertar. E por mais que insistam, por mais que tentem, sempre acabam com o triste fim dos que erram.
Estou falando isso porque tenho uma amiga assim. A Ana é assim.
E o pior é que ela sempre insiste em acertar, mas parece que está tudo tão impregnado nela que o esforço é sempre em vão.
Uma vez eu disse a Ana pra viver, pra simplesmente ir levando, um dia de cada vez, sem muita preocupação em fazer a coisa certa. E a Ana, assim com um olhar perdido, me disse que já havia nascido errada, e que pra pessoas assim como ela era melhor nem tentar.
Mas depois de muito pensar, de muito matutar a Ana me deu razão quando eu sugeri o clichê de ir levando a vida, mas como era de se esperar ela acabou fazendo suas alterações. Disse que viveria sim, da maneira mais simples, mas que mudaria um pouco as coisas. Disse que agora no seu novo mundo quem erra tem sempre razão. Que todos olharão com outros olhos aos errantes, aos errados, aos esquerdos, aos tortos e aos gauches.
Ela me garantiu que agora tudo vai ser diferente, em um lugar onde ninguém mais a condenará por viver às margens do que, antes, chamavam de certo. Em um lugar onde trocar os pés pelas mãos não mais será motivo para alarme.
Um viva à Ana! E mais um ao novo mundo da Ana.
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